Impeachment inapto

Articulada por partidos e grupos políticos, financiados por dinheiro do fundo eleitoral (dinheiro público), ganha corpo a ideia de abertura de processo de impeachment, contra o atual Presidente da República.

É de conhecimento público que o instituto do impeachment é um remédio amargo, paralisa o funcionamento da Administração Pública, nos três níveis, particularmente o Federal e, considerando, procedimentos políticos, processuais e administrativos, não logra produzir sentença final, medianamente, antes de um ano de sua abertura.

Ora, não carece ser especialista em cálculos para perceber que, qualquer que seja a decisão final, somente produziria resultados efetivos em meados de novembro de 2022, coincidentemente, época das próximas eleições majoritárias de, presidente, governadores, senadores, deputados federais.

Então, naturalmente emerge a dúvida, sobre qual seria a razão metafísica, para determinados grupos políticos, financiados por dinheiro público (advindo dos impostos pagos pelos cidadãos de bem), caprichosamente, desejarem submeter um país, já castigado pelo flagelo mundial de uma pandemia, a um risco adicional de travamento geral, a um custo incalculável para, desidiosamente, impedir um Presidente de cumprir seu mandato, já no final?

Talvez queiram experimentar a brandura de seu vice, sim, porque constitucionalmente, é ele que assume, durante o afastamento do titular, ou, talvez, queiram ser lembrados como salvadores da pátria, ou, ainda, motivar seus eleitores a refletirem melhor sobre o perfil de candidatos que desejam ter como seus legítimos representantes.

Certamente, se quisessem, de fato, ajudar o Brasil, se empenhariam, por exemplo, em votar a PEC 333/17, a do fim do foro privilegiado, há mais de mil dias engavetada, aguardando votação.

Antonio Riccitelli

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