A ERA DA (DES)INFORMAÇÃO

Vivemos tempos, surpreendentemente, difíceis. Pandemia, lockdown, dificuldade para exercer a sagrada convivência com parentes e amigos e submissão compulsória à aplicação de vacinas com eficácias duvidosas.

Sobressai o volume de circulação de informações duvidosas, inúteis, sobremaneira aquelas advindas de alguns canais tradicionais, consagrados pela grande mídia. Muitas não merecem nem sequer, ser classificadas como notícias. Nesse diapasão, chega a causar indignação, a transmissão ao vivo, de canais abertos, por horas a fio, de atividades parlamentares, expondo o baixo nível cultural da maioria dos parlamentares, como se fossem notícias de utilidade pública. Agravadas pelo fato da preexistência de canais públicos ativos, pagos pelo contribuinte, como: TV Câmara, TV Senado, TV Justiça, TV´s Assembléias Legislativas.

Ora, qual o sentido de mencionados canais, em insistir na divulgação de longos e exaustivos procedimentos técnicos, próprios de Inquéritos Policiais, como oitivas de testemunhas, acareações, orquestradas por membros de Comissões Parlamentares escolhidos por estranhos critérios, sabidamente suspeitos, já consagrados “ficha suja”? O bom senso, o princípio da razoabilidade determina que, as características mínimas exigíveis para tornar-se membro de uma CPI seriam: o elevado espírito público, ética, idoneidade, isenção e, sobretudo, ser ficha limpa.

Então, quais as razões metafísicas que justificariam a reiterada e sistemática divulgação de intermináveis e inócuos interrogatórios, de custos altíssimos para os cofres públicos, semelhantes a Inquéritos Policiais, presididos por membros \”ficha suja\” e, para agravar, já transmitidos por canais oficiais?

A reflexão nos conduz a suspeitas sombrias, como, imaginar que canais da grande mídia, por razões econômicas, políticas, ideológicas, se prestam a enganar o povo, a desinformá-lo.

A dimensão do problema aumenta, sobremaneira, quando se percebe grande parcela da sociedade, interpretando o noticiário diário, desprezando-o, descredenciando-o como fonte de informação confiável, desligando determinados telejornais ou cancelando as assinaturas de jornais, revistas, magazines, outrora prestigiados.

O nível de desinformação instalado no Brasil é alarmante, resta questionar a quem interessa manter o povo sob o julgo da escuridão da ignorância, divulgando, reiterada e sistematicamente, notícias falsas (fake news), desprovidas de cunho científico ou de verificação de veracidade da fonte?

Antonio Riccitelli

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